ALERTA: A criminalidade e a violência crescem de forma assustadora no Brasil. Os policiais estão prendendo mais e aprendendo muitas armas de guerra e toneladas de drogas. A morte e a perda de acessibilidade são riscos presentes numa rotina estressante de retrabalho e sem continuidade na justiça. Entretanto, os governantes não reconhecem o esforço e o sacrifício, pagam mal, discriminam, enfraquecem e segmentam o ciclo policial. Os policiais sofrem com descaso, políticas imediatistas, ingerência partidária, formação insuficiente, treinamento precário, falta de previsão orçamentária, corrupção, ingerência política, aliciamento, "bicos" inseguros, conflitos, autoridade fraca, sistema criminal inoperante, insegurança jurídica, desvios de função, disparidades salariais, más condições de trabalho, leis benevolentes, falência prisional, morosidade dos processos, leniência do judiciário e impunidade que inutilizam o esforço policial e ameaçam a paz social.

domingo, 1 de abril de 2018

POR QUE PMS SÃO MORTOS A TODO INSTANTE?



Guerra urbana torna policiais militares vulneráveis na cidade
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RIO - O elemento surpresa, tática muito usada em guerras de guerrilha e agora na guerra urbana, associado ao alto grau de ousadia e letalidade do banditismo é a principal causa da morte de policiais militares, tornando tais agentes vulneráveis aos ataques de surpresa dos fuzis de guerra. O inimigo é oculto e o policial fica em situação de vulnerabilidade, no contexto da difícil guerra urbana, estando identificado pela viatura e pelo uniforme, o que o torna um alvo muito visível. Quando de folga e identificados, mesmo armados e reagindo à ação marginal, também ficam em situação de inferioridade tática, pois confrontam contra grupos de delinquentes ('bondes') cuja finalidade, na ação criminosa, passa a ser a eliminação física do policial.

Já chega a 30 o número de policiais militares mortos este ano no Estado. No ano passado ultrapassou 130, sem falar nos que resultam feridos. Uma barbárie permanente. Uma chacina em conta-gotas onde a ação marginal é empreendida a qualquer hora, em qualquer lugar. Números jamais vistos, em tempos de paz, em nenhuma instituição policial no mundo.

Há que se entender que enquanto houver narcoterroristas empunhando fuzis de guerra ( não se sabe quantos), circulando em morros e favelas, não haverá paz social. A questão é como combater inimigos ocultos que oprimem a população ordeira e que saem de morros e favelas para aterrorizar o asfalto. O temor ao crime é fato concreto. A questão, como bem disse o comandante geral da PM do Rio de Janeiro, coronel Luis Cláudio Laviano, é que "não existe solução mágica para problemas complexos".


*Milton Corrêa da Costa é tenente coronel (reformado) da Polícia Militar do Rio de Janeiro
 
 
 

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